Bóson de Higgs
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Composição: | Partícula elementar |
Família: | Bóson |
Estado: | Parcialmente descoberto: descoberta no CERN uma nova partícula com propriedades compatíveis [1] |
Símbolo(s): | H0 |
Teorizada: | R. Brout, F. Englert, P. Higgs, G. S. Guralnik, C. R. Hagen e T. W. B. Kibble (1964) |
Descoberta: | Uma partícula compatível foi encontrada pelo ATLAS e pelo CMS[1] |
Massa: | 125.3 ± 0.6 Gev/c2, ∼126 Gev/c2 [1] |
Carga elétrica: | 0 |
Carga de cor: | Não |
Spin: | 0 |
BósonPB ou BosãoPE de Higgs é uma partícula elementar bosônica prevista pelo Modelo Padrão
de partículas, teoricamente surgida logo após ao Big Bang de escala
maciça hipotética predita para validar o modelo padrão atual de
partícula [2].
Representa a chave para explicar a origem da massa das outras
partículas elementares. Todas as partículas conhecidas e previstas são
divididas em duas classes: férmions (partículas com spin da metade de um
número ímpar) e bósons (partículas com spin inteiro).
As massas da partícula elementar e as diferenças entre o eletromagnetismo (causado pelo fóton) e a força fraca
(causada pelos bósons de W e de Z), são críticas em muitos aspectos da
estrutura da matéria microscópica e macroscópica; assim se existir, o
bóson de Higgs terá um efeito enorme na compreensão do mundo em torno de
nós.
O bóson de Higgs foi predito primeiramente em 1964 pelo físico britânico Peter Higgs,
trabalhando as ideias de Philip Anderson. Entretanto, desde então não
houve condições tecnológicas de buscar a possível existência do bóson
até o funcionamento do Grande Colisor de Hádrons
(LHC) meados de 2008. A faixa energética de procura do bóson vem se
estreitando desde então e, em dezembro de 2011, limites energéticos se
encontram entre as faixas de 116-130 GeV, segundo a equipe ATLAS, e entre 115 e 127 GeV de acordo com o CMS.
Fora da comunidade científica, é mais conhecida como a partícula de Deus (tradução livre do original God particle [3]), alcunha dada pelo físico Leon Lederman devido ao fato desta partícula permitir que as demais possuam diferentes massas [4].
A 4 de Julho de 2012, cientistas do CERN anunciaram que, ao fim de 50 anos de investigação, descobriram uma partícula nova que pode ser o bóson de Higgs Cientistas descobrem a “bóson de Higgs”, a “particula de Deus”
4 de julho de 2012 - 2:04:50Pela teoria, o bóson de Higgs teria dado origem à massa de todas as outras partículas. Se sua existência for confirmada, portanto, é um passo importante da ciência na compreensão da origem do Universo. Se ele não existisse, a teoria vigente deixaria de fazer sentido, e seria preciso elaborar novos modelos para substituí-la.
“Eu não tenho muita dúvida de que, na física de partículas, é o evento mais importante dos últimos 30 anos”, afirmou Sérgio Novaes, pesquisador da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), que faz parte da colaboração CMS. “Eu acho que é um momento histórico que a gente está vivendo”, completou.
Apesar do grande impacto na física teórica, a descoberta ainda não representa um avanço direcionado a nenhum campo específico da tecnologia.
As informações são do Portal G1
‘Partícula de Deus’
O “bóson de Higgs” ganhou o apelido de “partícula de Deus” em 1993, depois que o físico Leon Lederman, ganhador do Nobel de 1988, publicou o livro “The God Particle” (literalmente “a partícula de Deus”, em inglês), voltado a explicar toda a teoria em volta do bóson de Higgs para o público leigo. Ainda não há edição desse livro em português.
A nova partícula tem características “consistentes” com o bóson de Higgs, mas os físicos ainda não afirmam com certeza que se trate da “partícula de Deus”. Para isso, eles vão coletar novos dados para observar se a partícula se comporta com as características esperadas do bóson de Higgs.
Maior máquina do mundo
O anúncio foi feito em Genebra, na Suíça, sede do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern, na sigla em francês). As conclusões foram baseadas em dados obtidos no Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), acelerador de partículas construído pelo Cern ao longo de 27 quilômetros debaixo da terra, na fronteira entre a França e a Suíça.
Essa máquina, considerada a mais poderosa do mundo, foi construída especificamente para estudos de física de partículas, e a descoberta desta quarta é a mais importante que já foi feita lá até o momento.
Dois resultados, uma conclusão
A descoberta foi confirmada por especialistas do CMS e do Atlas, dois grupos de pesquisa independentes que fazem uso do LHC. Apesar de usarem o mesmo acelerador de partículas, as duas colaborações científicas trabalham com detectores diferentes e seus resultados são paralelos. Os resultados antecipados hoje ainda serão publicados em revistas científicas.
Os cientistas medem a massa das partículas como se fosse energia. Isso porque toda massa tem uma equivalência em energia. Se você calcula uma, tem o valor das duas. A unidade de medida usada é o gigaelétron-volt, ou “GeV”.
No anúncio, o CMS disse que observou um “novo bóson com a massa de 125,3 GeV” – com margem de erro de 0,6 GeV para mais ou para menos – “em 4,9 sigmas de significância”. Esses “sigmas” medem a probabilidade dos resultados obtidos. O valor de 4,9 sigmas representa uma chance menor que um em 1 milhão de que os resultados sejam mera coincidência. Por isso, os cientistas consideram esse número como uma confirmação da descoberta.
Paralelamente, o grupo Atlas afirmou que “exclui a não-existência de uma partícula com a massa de 126,5 GeV, com a probabilidade de 5 sigmas”. A pequena diferença entre os números dos dois grupos — de 125,3 GeV para 126,5 GeV — não é considerada significativa pelos físicos.
Em 2011, pesquisadores dos dois grupos de pesquisa do Cern já haviam “encurralado” o bóson de Higgs, quando identificaram a faixa em que encontrariam a partícula – a massa estaria entre 115 GeV e 130 GeV.
Na última segunda, pesquisadores norte-americanos também tinham encontrado “forte evidência” da existência da partícula, em experiências com um acelerador próprio, o Tevatron.
http://www.ac24horas.com/2012/07/04/cientistas-descobrem-a-boson-de-higgs-a-particula-de-deus/